A imprevisível retomada do Campeonato Português

Porto ou Benfica: um dos dois será o campeão português da temporada.

Porto ou Benfica: um dos dois será o campeão português da temporada. Source: AAP

Ninguem sabe como é que as equipas vão voltar para 10 jornadas intensas após a inédita paragem prolongada


A partir desta quarta-feira e até 26 de julho, após 3 meses de pausa pelo COVID-19, 90 jogos, com desafios em quase todos os dias, para resolver o principal campeonato português de futebol.

Faltam a cada uma das equipas 10 jornadas.

Questão principal: o titulo de campeão, discussão que se resume a duas equipas, FC do Porto e Benfica. Um só ponto a separá-las, o Porto na frente, o Benfica a um só ponto. O duelo vai certamente ser cerrado.
O Benfica, treinado pelo discreto Bruno Lage, estava a perder fôlego quando o campeonato parou. O FC do Porto, comandado pelo impulsivo Sérgio Conceição, estava com impulso novo depois de ter ultrapassado o Benfica. O Porto venceu os dois confrontos diretos.

Ninguem sabe como é que as equipas vão voltar para 10 jornadas intensas após a inédita paragem prolongada.

Questão logo a seguir, quem fica nos lugares seguintes que também dão acesso a provas europeias, no caso a Liga Europa.

Sporting de Braga (a 14 pontos da frente), Sporting (a 18), Rio Ave (a 22) e Vitória de Guimarães e Famalicão (ambos a 23), todos demasiado longe dos dois primeiros, após 24 jornadas, deverão lutar por essas três vagas na Liga Europa.

Há expectativa sobre a capacidade de uma das equipas grandes, o Sporting Clube de Portugal (em 4º lugar), agora dirigido pelo jovem treinador Ruben Amorim, transferido da equipa na posição imediatamente à frente, o Braga, 3º classificado.

O Sporting tem nesta retoma uma saída difícil, ao campo do Guimarães, na noite desta quinta-feira. Há curiosidade sobre a aposta do novo treinador do Sporting em jogadores jovens formados no clube.

Esta parece aliás ser uma mudança no futebol português: aposta em jogadores formados pelo clube em vez de contínuas importações sobretudo da América do sul. É uma consequência do aperto orçamental imposto pela paragem com o COVID-19.

Neste regresso do campeonato, o Benfica tem um jogo que parece fácil, recebe o Tondela, enquanto o Porto vai ao campo de uma equipa sensação na primeira parte do campeonato, o Famalicão.

Também renhida a luta para não descer de divisão: na corrida pela manutenção, o Portimonense (penúltimo, com 16 pontos) e o Desportivo das Aves (lanterna-vermelha, com 13) partem em desvantagem, com o Paços de Ferreira (antepenúltimo com 22) a surgir imediatamente acima da “linha de água”.

A competição regressa com uma atmosfera totalmente inédita. De todas as alterações, a mais marcante é, sem dúvida, a ausência de público, a porta fechada a espectadores, o que implica a ausência de festa, de emoção, o esvaziamento dos recintos, como se todos os clubes tivessem sido castigados em simultâneo. As portas dos estádios estarão, pelo contrário, fechadas, excepto aos elementos indispensáveis para a realização dos jogos.

Em campo, os onze jogadores de cada equipa não actuarão de máscara, obrigatória, porém, para todos os elementos que fiquem no banco dos suplentes, excepção aos treinadores principais, terão de a usar.


Os problemas financeiros “falaram mais alto” do que os desportivos e a decisão foi que o “espectáculo tem de continuar”.

Fica para se ver, de que modo.

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