Em Portugal, a passagem de ano vai ser obrigatoriamente em casa, porque, às 11 da noite de 31 de dezembro, entra em vigor o recolher obrigatório que se prolonga pelas três noites seguintes até às 5 da manhã.
Aliás, os tradicionais encontros no dia de Ano Novo também ficam barrados porque em 1, 2 e 3 de janeiro há recolher geral obrigatório entre a 1 da tarde e as 5 da madrugada.
São medidas extremas, após algum alívio nos dias do Natal, para tentar conter a propagação da pandemia. Mesmo assim, o Natal obriga a complexas negociações familiares para evitar encontros de diferentes ramos da mesma família.
Só neste sábado, Portugal registou mais 86 óbitos e 3835 novos casos de infeção. Portugal contabiliza, desde março, 6063 óbitos por COVID-19 e 370 mil pessoas infetadas. 300 mil já recuperaram.
É facto que o número de casos ativos está a diminuir de modo contínuo desde a introdução há 3 semanas de medidas reforçadas de restrição com o recolher obrigatório todas as noites, entre 11 da noite e 5 da madrugada, e, ao fim de semana, logo a partir da hora de almoço, 1 da tarde. Uma medida que está a ser muito contestada pelo setor dos restaurantes.
O primeiro-ministro português, António Costa, é um dos chefes de governo europeus em confinamento imposto pelas autoridades de saúde, após ter estado reunido na quarta-feira, no Palácio do Eliseu, em Paris, com o presidente francês, Emmanuel Macron, que se encontra infetado (e com sintomas) com o novo coronavírus. Admite-se que o contágio tenha acontecido na Cimeira Europeia.
O primeiro-ministro português continua a trabalhar, mas em regime de isolamento, na residência oficial, até ao dia 29. Toda a comunicação é feita por via digital. Não pode mesmo juntar-se à família direta, mulher, filhos e mãe para a celebração do Natal.
As restrições em vigor em Portugal aplicam-se também em grande parte dos países europeus. No Reino Unido, Boris Johnson acaba de anunciar novo confinamento, e alerta geral para mutação do virus em forte propagação. Na Alemanha, restrições para já até 10 de janeiro, nos Países Baixos, ainda mais tempo, até 19 de janeiro, em Itália como em Espanha, até 6 de janeiro.
Itália anunciou neste sábado 553 mortos por COVID-19 em 24 horas.
Em Espanha, 8900 falecidos no último mês, são já 26 mil os óbitos em Espanha pela pandemia.
As medidas preventivas por um lado, a vacina, por outro, são a esperança neste à beira do fim de ano – o ano da terrível pandemia.
