Notícias da Austrália e do Mundo | 1 de fevereiro de 2022 | SBS Portuguese

Ano Novo Lunar que arranca hoje

Ano Novo Lunar que arranca hoje Source: Getty Images

Milhões de pessoas pelo mundo fora comemoram, a partir de hoje, o início do Ano do Tigre, numa festa que durará para muitos cerca de duas semanas.


Na China, as comemorações do Ano Novo Lunar serão menos efusivas este ano devido ao terceiro ano consecutivo da pandemia da COVID-19.

Mesmo assim, as autoridades preveem 1,2 bilhões de viagens marcadas durante a temporada de férias, já que ainda por cima as festividades do Ano Novo Lunar coincidirão com o início dos Jogos Olímpicos de Pequim que arrancam já no dia 4 de fevereiro.

O artista folclórico, Chen Lianshan diz que muitos estão com esperança de que o Ano do Tigre coloque um fim na COVID-19, já que o tigre representa proteção, força e coragem:

"Aos olhos dos chineses, o tigre é uma proteção contra espíritos malignos e pode derrotar demônios e fantasmas de todos os tipos. E os chineses acreditam que este vírus é um tipo de espírito maligno. Com base nos significados simbólicos, as pessoas sentirão apoiado mental e espero que a praga do coronavírus possa ser eliminada no Ano do Tigre."

 

Mais destaques do noticiário de hoje


Espera-se que o primeiro-ministro Scott Morrison anuncie um aumento de financiamento para os trabalhadores dos lares da terceira idade, já que este setor de trabalho está devastado pela COVID-19 e continua ainda a sua luta contra esta onda Ómicron da pandemia.

As medidas a tomar custarão ao governo $209 milhões disponibilizados em duas tranches de pagamentos em dinheiro de até $400 cada, destinadas a estes trabalhadores da área dos cuidados a idosos.

Cerca de 230 mil trabalhadores serão elegíveis para receberem a sua parte, sendo que o primeiro pagamento será efetuado em fevereiro e o segundo está marcado para o início do mês de maio.

A variante Ómicron está a invadir os lares de idosos da Austrália, com mais de 1.000 surtos de COVID-19 em várias instalações, registados um pouco por todo o país.

Os prestadores de cuidados a idosos dizem que cerca de 30% de seus trabalhadores estão doentes ou em confinamento em casa.

Há ainda que encontrar forma de gerir o grande transtorno de alguns idosos moradores nestes lares mais afetados estarem impossibilitados de receberem cuidados tão básicos quanto tomar banho ou até comerem, devido à falta de funcionários.

O Sindicato dos Serviços de Saúde - representativo desta força de trabalho de apoio à terceira idade - classificou esta promessa de “golpe político pré-eleitoral, barato e desagradável".

O sindicato diz ainda que o que é mesmo preciso é um aumento salarial de 25% para os trabalhadores deste setor, afirmando que estes continuarão a abandonar os seus empregos nestes lares caso esta situação não seja resolvida.

O primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Dominic Perrottet, diz que se sentirão solavancos pelo caminho, no primeiro dia de regresso às aulas neste estado.

Alunos e funcionários estão a ser obrigados a realizar testes rápidos de antígeno duas vezes por semana por quatro semanas, à medida que a comunidade escolar retoma as rotinas deste novo ano letivo que arranca hoje.

Perrottet diz que apesar dos desafios esperados, é importante que as crianças regressem às aulas presenciais:

"Nós comprometemo-nos em garantir que tivéssemos crianças e professores de volta à escola num ambiente de aprendizagem seguro. Os testes rápidos de antígeno, que eu sei como pai são incrivelmente dolorosos para administrar aos nossos filhos, são muitíssimo importantes. Mas, em última análise, não são apenas os nossos pais, os professores e todos nós em todo o estado de Nova Gales do Sul que têm que fazer sacrifícios. Os nossos filhos também terão que o fazer."

A câmara municipal de Hobart votou pela defesa dos refugiados e requerentes de asilo, detidos no Park Hotel em Melbourne, reivindicando que os mesmos devem ser reinstalados na capital da Tasmânia.

Trinta homens estão presos indefinidamente no mesmo hotel onde o tenista número 1 do mundo, Novak Djokovic, foi detido antes de ser deportado da Austrália.

A saga de imigração de Djokovic também ajudou a chamar a atenção para estes homens, alguns dos quais estão presos há já nove anos sem que tenham cometido qualquer crime.

A câmara municipal de Hobart enviará de seguida para o Ministro da Imigração, Alex Hawke, um pedido formal para a libertação destes trinta homens oferecendo-se assim a reintegrá-los na cidade.

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson fez um pedido de desculpas após a divulgação do relatório que todos aguardavam sobre as supostas festas realizadas na sua residência em Downing Street, durante os confinamentos no âmbito da COVID-19.

O inquérito levado a cabo pela funcionária pública sénior, Sue Gray, revelou que alguns dos eventos representam uma falha séria de liderança e julgamento, referindo-se a estes como difíceis de justificar.

Mas Sue Gray disse ainda que não está em condições de oferecer um 'relatório significativo', já que a investigação policial está ainda em curso com foco em outras reuniões, levando a que esta seja ainda uma versão abreviada do relatório final a ser divulgado mais para a frente.

No parlamento, após a publicação do relatório, Johnson resistiu aos pedidos de renúncia do seu cargo político, dizendo que introduzirá novas medidas para mudar a forma como o governo é administrado:

"Em primeiro lugar, quero pedir desculpas, e sinto muito pelas coisas em que simplesmente erramos e também pela forma como este assunto tem sido tratado. E não adianta dizer que isto ou aquilo estava dentro das regras. E também não adianta dizer que as pessoas estavam a trabalhara imenso. Esta pandemia foi difícil para todos. Pedimos às pessoas em todo o país que fizessem os sacrifícios mais extraordinários, não encontrassem entes queridos, não visitassem parentes antes de morrerem. E por isso entendo a raiva que as pessoas sentem."

Enquanto isso, em Hong Kong, um alto funcionário demitiu-se do seu cargo por participar numa festa de aniversário alargada, enquanto a cidade enfrentava um surto de infeções por coronavírus.

O Secretário dos Assuntos Internos, Caspar Tsui, estava entre os vários funcionários e políticos que participaram da festa com cerca de 200 convidados, no início de janeiro, numa altura em que as autoridades de saúde pediram ao público que evitasse grandes reuniões para impedir a propagação do vírus.

Em declarações, Tsui assume que não "deu o melhor exemplo durante o surto recente do vírus".

A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, recebeu bem esta demissão afirmando que deveria ter havido maior vigilância e sensibilidade por parte de Tsui e que por isso a sua conduta foi dececionante:

"Caspar Tsui deveria ter tido uma maior vigilância e sensibilidade no momento da pandemia. No dia 3 de janeiro, ele participou de uma festa de reunião de grupo, que não está relacionada com trabalho, onde permaneceu por quase duas horas. Não usou a aplicação de rastreio 'LeaveHomeSafe'. Violou a exigência de usar uma máscara. A sua conduta é muito dececionante."

O primeiro-ministro canadense Justin Trudeau está com COVID-19.

Isto ocorre numa altura em que o Canadá continua a ver um aumento na propagação da variante Ómicron, bem como protestos contra a vacinação obrigatória e restrições de saúde na capital do país.

Trudeau diz que, uma vez que se sente bem, continuará a trabalhar remotamente:

"Este vírus afeta-nos a todos. Dois dos meus próprios filhos já contraíram e esta manhã descobri que também testei positivo para COVID-19. Sinto-me bem e estou assintomático. É claro que trabalharei remotamente nesta semana e que continuarei a seguir as diretrizes de saúde pública. Quero aproveitar esta oportunidade para apelar aos canadenses que, por favor, vacinem-se."

A Rússia falhou uma tentativa de bloquear uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas relativa ao movimento de tropas russas junto da sua fronteira com a Ucrânia.

Dez dos 15 países membros votaram a favor de deliberações abertas em Nova York, com três abstenções e a Rússia e a China a oporem-se.

O embaixador da Rússia na ONU descreveu a reunião, solicitada pelos Estados Unidos, como um exemplo de diplomacia de megafone.

Já o embaixador da Ucrânia na ONU, Sergiy Kyslytsya agradeceu aos EUA por realizar o processo:

"A questão é o porquê destas forças russas estarem lá? Fizemos essa pergunta em diferentes fóruns, juntamente com o envio de mensagens claras. A Ucrânia não vai lançar uma ofensiva militar nem em Donbas, nem na Crimeia, nem em qualquer outro lugar. Ucrânia não vê alternativa à resolução pacífica do conflito em curso e à restauração de sua soberania e integridade territorial."

No desporto, o membro da equipa olímpica de inverno australiana que testou positivo para a COVID-19 na chegada da comitiva para os Jogos de Pequim 2022, testou agora negativo.

Curler Tahli Gill e o seu colega de equipa, Dean Hewitt, estavam em confinamento depois que Gill ter testado positivo na chegada ao aeroporto de Pequim.

O Comité Olímpico Australiano diz que Gill fez mais dois testes e ambos deram negativos e, assim sendo, pode regressar aos seus treinos normais.

A notícia chega um dia depois da esquiadora alpina Madi Hoffman ter sido afastada da competição a poucos dias dos Jogos, depois de ter sofrido uma lesão grave no joelho.



 

                                                                                                                                                         

 


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