Triplica o número de estudantes brasileiros que optam por estudar na Tasmânia

Source: Gustavo Pexe Kautzmann

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O número de estudantes estrangeiros na Austrália atingiu a marca do meio milhão para o ano escolar de 2018. O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking entre os países com maior índice de crescimento no número de matrículas, após o Nepal e a Colômbia, mas a surpresa é que o número de estudantes brasileiros na Tasmânia triplicou em 12 meses.

Um porta voz do Departamento de Educação e Treinamento (DET) disse à SBS Portuguese que desde fevereiro de 2018 haviam 19,455 matrículas feitas por estudantes do Brasil na Austrália – 64 na Tasmânia. Em 2017, o número de matrículas de estudantes brasileiros era de 15,387 – 14 na Tasmânia.

”A Austrália é o terceiro país preferido por estudantes brasileiros que estudam inglês no estrangeiro. O número de estudantes saindo do Brasil continua a crescer. Na Tasmânia, a maioria das 64 matrículas foram feitas no setor das escolas – estudantes que vieram fazer curso de inglês – o que reflete a forte relação entre as escolas brasileiras e australianas,” disse o porta voz do Departamento de Educação e Treinamento da Austrália a SBS Portuguese.

Os 15 países com maior número de estudantes matriculados na Tasmânia*
Nacionalidade	2014	2015	2016	2017	2018
China	999	1036	1302	2254	2808
Índia	131	411	433	467	634
Malásia	570	559	650	646	632
Nepal	77	258	160	170	301
Cingapura	251	255	293	256	261
Coréia do Sul	155	150	151	206	261
Vietnã	60	66	105	195	214
Hong Kong	96	114	131	170	209
Paquistão	38	74	73	113	174
Sri Lanka	7	12	29	56	128
Taiwan	18	20	40	114	126
Bangladesh	27	32	52	74	117
Emirados Árabes	105	125	128	107	75
Brasil	7	10	32	14	64
Tailândia	61	58	53	67	64
Outras nacionalidades	599	617	660	762	819
Total	3201	3797	4292	5671	6887

* (dados de fevereiro 2018)
Fonte: Departamento da Educação e Treinamento, dados sobre estudantes estrangeiros e número de matrículas

Estudantes estrangeiros na Austrália

De acordo com o Governo Federal, cerca de 510 mil estudantes estrangeiros fizeram 540 mil matrículas em 2018. É a primeira vez que esse número é atingido no início do ano escolar e representa um aumento de 12% se comparado ao mesmo período do ano passado.

Desse total, pouco mais da metade ou 56% se matricularam em cursos de Bacharelado, Doutorado ou Pós graduação e 24% em cursos vocacionais ou treinamento.

A China ainda é o país com maior número de estudantes na Austrália, mas em 2018 houve um aumento de 54% no número de matrículas de estudantes da Colômbia, 29% de estudantes do Nepal e 27% de estudantes do Brasil.

“Os países onde vemos o maior crescimento são o Nepal (54%), Colômbia (29%), Brasil (27%), Índia (17%) e China (16%) o que mostra que a nossa estratégia para o setor da educação internacional está funcionando,”

disse o Ministro da Educação, Simon Birmingham

Os seis países com maior índice de crescimento no número de matrículas na Austrália. O Brasil ocupa o sexto lugar.*

China – 158,407 estudantes (16,5%)
Índia – 60,062 estudantes (16,8%)
Nepal – 27,389 estudantes (53,6%)
Malásia – 21,625 estudantes (5,5%)
Vietnã – 19,848 estudantes (5,4%)
Brasil – 19,455 estudantes (26,5%)

11. Colômbia – 11,479 estudantes (29,3%)

*Dados de fevereiro de 2018

Estudantes brasileiros na Tasmânia

Graziela Ferrari, que está fazendo bacharelado em assistência social na Universidade da Tasmânia, criou o grupo Brasileiros na Tasmânia, que conta atualmente com 2,500 seguidores. Ela mora em Launceston faz cinco anos, e pelo grupo, acredita que muitos brasileiros chegam desinformados our despreparados do Brasil ou de outros estados da Austrália. “Há uma crise da moradia, o estado não comporta o número de pessoas que estão entrando, o custo de vida é caro e o índice de desemprego é maior que em outros estados, muita gente vem para cá por causa do visto, mas chegam muito despreparados. Muitos voltam, o segredo é ter determinação mas também sorte,” disse.

Em busca de residência permanente na Austrália? A Tasmânia pode ser sua porta de entrada

Gustavo Pexe Kautzmann faz Administração de Empresas em Hobart, ele diz que muitos vêm a Tasmânia para aplicar para vistos permanentes. Segundo ele a comunidade ainda não se organiza para comemorar datas ou confraternizações como em outros estados, mas que isso é uma questão de tempo. “Mais brasileiros estão vindo para cá e a comunidade vai crescer, eu espero.”