Governador do Pará admite 'situação precária' da estrutura carcerária do estado

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Source: LatinContent Editorial

Número de mortos no massacre ocorrido no Centro de Recuperação Regional de Altamira aumentou para 57 e líderes de facções criminosas serão transferidos para o regime federal.


O governador do estado do Pará, Helder Barbalho, lamentou o massacre ocorrido no Centro de Recuperação Regional de Altamira, nesta segunda-feira (29).

Ele gravou um vídeo nas redes sociais dizendo que a estrutura carcerária do estado encontra-se em situação precária.
"Gostaria de lamentar este episódio horroroso ocorrido no presídio em Altamira na manhã de hoje. Vamos prosseguir para resgatar a nossa estrutura carcerária, que lamentavelmente se encontra em situação precária. Queremos garantir que a população paraense tenha paz", disse Barbalho.

O número inicial de 52 mortos aumentou para 57, de acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe).

O governo identificou 16 líderes de facções criminosas e dez serão transferidos para o regime federal.

Segundo Barbalho, sua gestão esteve desde o início empenhada em reduzir a violência nos presídios do estado.

"Desde o início do Governo, nós temos feito todas as ações para conter o crime fora e dentro do sistema carcerário. Com o apoio do Ministério da Justiça, transferimos mais de 30 líderes de facções criminosas para Catanduvas, no Paraná, agindo de maneira preventiva".

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará se manifestou por meio de uma nota exigindo imediata apuração dos fatos que levaram ao massacre.

"A OAB exige imediata apuração das circunstâncias que levaram a tão violento episódio, mas fundamentalmente exige que sejam tomadas medidas consistentes que garantam a efetiva normalidade da reabilitação penal, a segurança dos servidores, a racionalidade da lotação carcerária seja através de oferecimento de mais vagas no sistema como também acelerando a resolução da condição de presos provisórios, demonstrando para a sociedade que há, de fato, presença do estado dentro dos presídios, para que a barbárie e a violência não corroam de vez o sistema carcerário, causando cada vez mais perdas de vidas humanas, sob a tutela do estado"

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